Os embrulhos de presente rasgados e abandonados debaixo do pinheiro de plástico se misturavam às lembrancinhas e brinquedos também esquecidos ali.
O verdadeiro elemento de coesão familiar naquele ano foi a raquete elétrica de matar mosquito.
A mãe procurava as muriçocas com o dedo no gatilho do choque, enquanto sua filha atrás puxava-lhe a calça e dizendo "eu também quero matar, eu também quero matar".
- Agora é a vez da mamãe. - Ela respondia, com um sorriso meio assassino, enquanto fritava na raquete um pernilongo mais gordo do sangue chupado da noite anterior.
Um comentário:
Olá,
gostei dos textos do blog, principalmente as frases de filosofia de parachoque...muito bacana. Vim parar aqui vindo do Canaldonicolau. Tomei a liberdade de copiar um monte e juntá-las num email, vou passar p/ frente, com o devido crédito, claro.
Um gde abraço e, aproveitando, boas festas e muitas boas idéias em 2011
Conrado
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