- Esse Fulano é meio doido, né não?
- Pô, não sei dizer, nunca me senti seguro o bastante pra atestar sobre sanidade alheia.
30 novembro 2011
Normalidade só vi de longe.
29 novembro 2011
28 novembro 2011
Vou propor a Marcha Contra a Irreversibilidade do Tempo e a Inevitabilidade da Morte
- Já vou indo.
- Fica aí, toma mais uma. Vai ter nuggets.
- Até queria, mas não rola. Se eu pudesse ficar mais duas horas, te contava tudo que to deixando de fazer pra estar aqui.
Profecia # 3
Na longa noite da Última Guerra, no curso do derradeiro colapso energético, um livro de provérbios valerá mais que todos iPads já produzidos.
24 novembro 2011
Coisa com coisa #4 - programação pro dia do samba (02/12/11)
Lançamento da Coisa #4,
Revista digital de literatura, fortografia e design.
Revista digital de literatura, fortografia e design.
Dia 2/12, 21h no Balaio - Brasília.
Aproveitando pra comemorar o dia do samba e meu aniversário.
23 novembro 2011
Notas submersas
Já estive são e sóbrio,
não a passeio,
mas certamente de passagem.
E, lá estando, tomei notas,
observando gente
que, então, agia igual a mim.
Não por um ímpeto etnográfico qualquer
ou pelo tipo de curiosidade mórbida
que precede a criação da poesia,
Mas, porque, de regresso, eu sabia,
logo seria preciso um manual da superfície,
uma bóia ou linha guia.
No caderno, frases borradas em letra corrida
lembram valores lá do raso
Com meus desenhos à mão, diante do espelho,
esboço expressões copiadas de normalidade,
meios-sorrisos pacíficos anestésicos.
Escrevi também julgamentos que sofri
Acho que ela blefava,
mas o jogo era xadrez,
e a partida nunca foi terminada.
Outras sentenças roubadas,
entreouvidas de passagem,
sempre com pressa e sem certeza:
Oscilo entre extremos muito distantes
das notas que tomei
mas alguns ditos permanecem úteis:
não a passeio,
mas certamente de passagem.
E, lá estando, tomei notas,
observando gente
que, então, agia igual a mim.
Não por um ímpeto etnográfico qualquer
ou pelo tipo de curiosidade mórbida
que precede a criação da poesia,
Mas, porque, de regresso, eu sabia,
logo seria preciso um manual da superfície,
uma bóia ou linha guia.
No caderno, frases borradas em letra corrida
lembram valores lá do raso
"firma o passo; sustenta o discurso; mantenha o controle".
Com meus desenhos à mão, diante do espelho,
esboço expressões copiadas de normalidade,
meios-sorrisos pacíficos anestésicos.
Escrevi também julgamentos que sofri
"você aí tentando se explicar,
e a pessoa já faz tempo que sacou a sua"
e a pessoa já faz tempo que sacou a sua"
Acho que ela blefava,
mas o jogo era xadrez,
e a partida nunca foi terminada.
Outras sentenças roubadas,
entreouvidas de passagem,
sempre com pressa e sem certeza:
"Diferencia o romântico do canalha
o sofrimento de um e o cinismo do outro"
ou seria o contrário?o sofrimento de um e o cinismo do outro"
Oscilo entre extremos muito distantes
das notas que tomei
mas alguns ditos permanecem úteis:
"Continue respirando;
podia ser pior;
no final acaba".
podia ser pior;
no final acaba".
16 novembro 2011
A verdade é a soma de incontáveis meias-mentiras.
Pode ser que não se possa enganar a todos todo o tempo, mas também é possível que enganar um de cada vez seja suficiente.
15 novembro 2011
10 novembro 2011
07 novembro 2011
Vale bosta a intenção do poeta
vale o verso
e o que dele faz o tempo
à revelia do que quer que se quisesse
não muda o mundo a poesia
mera muda brota em pedra
quiçá, contudo, se bruta, ainda floresça
e o que dele faz o tempo
à revelia do que quer que se quisesse
não muda o mundo a poesia
mera muda brota em pedra
quiçá, contudo, se bruta, ainda floresça
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